Você já parou pra pensar no que te faz ter uma conexão com aquele youtuber que você adora e passa horas e horas de sábado assistindo? A resposta não é óbvia, mas faz sentido.
A conexão vem principalmente da predisposição que aquele youtuber tem de se mostrar vulnerável na frente do mundo inteiro. O simples fato de ele/a ter a coragem de colocar o rosto na frente da câmera e expressar opiniões que podem ser julgadas e mal interpretadas por todo mundo, é uma forma de se expor e estar vulnerável à opiniões alheias, as quais não estaria se ele/a estivesse “escondido” com a câmera desligada.
Estou lendo um livro que acho que deveria ser leitura obrigatória para todos, considerando a importância e o quanto estou me desconstruindo e desconstruindo meus pensamentos sobre vulnerabilidade. O livro “A Coragem de Ser Imperfeito” da autora Brené Brown desmistificou algo muito importante sobre a vulnerabilidade que mudou a minha forma de ver o mundo.
Muitas vezes colocamos nosso valor como pessoa em algo que produzimos, por exemplo, em nosso trabalho, em um texto que escrevemos, em uma foto que postamos no instagram e se alguém diz que nosso trabalho não está bom, que o texto está mal escrito ou se vemos que a foto que postamos “flopou”, sentimos que não temos valor como pessoa ou como profissional. Quantas vezes Machado de Assis teve que escrever e reescrever seus contos para que os textos finais entrassem para a história? Quantas vezes as cenas das novelas de maior audiência de todos os tempos da Globo não tiveram que ser gravadas e regravadas? Quantos vídeos o Whindersson Nunes teve que gravar pra chegar a ser o maior youtuber do Brasil?
O medo que temos de que as pessoas não vão gostar do que produzimos muitas vezes nos priva de mostrar para o mundo o que temos de melhor para oferecer.
Vamos a um exemplo prático?
Quem gosta do Felipe Castanhari do Canal Nostalgia?
Eu sou super fã do canal, e adoro o conteúdo que o Felipe produz para o youtube. Se formos analizar o porque de seus vídeos fazerem tanto sucesso, me atreveria a dizer que a forma como ele se expressa, falando um pequeno palavrão aqui e ali, usando gírias, expressões que atrai o público jovem em vídeos com temas que muitos adolescentes considerariam “chatos” é com certeza grande parte do atrativo.
Além de conteúdos de história, ciências e atualidades, vira e mexe ele sempre posta um vídeo sobre suas “Histórias Nostálgicas” onde conta histórias “vergonhosas” de sua infância e adolescência. Essas histórias o aproximam do público. O humanizam. Felipe deixa de lado o medo de se expor e mostra suas vulnerabilidades através de histórias de namoros ou assaltos que sofreu quando era mais jovem.
E se ele tivesse medo de se expor dessa maneira? Você já pensou que desperdício para o entretenimento e como o aprendizado de muita gente seria afetado (considerando os milhões de views que cada vídeo tem)?
Pois é! Se você não tem coragem de expor seu trabalho, sente que não é bom o suficiente para se expor na internet, eu te recomendo ler esse livro. Te garanto que durante a leitura você vai aprender muito sobre si mesmo e vai te dar uma coragem para expor para o mundo o melhor que você tem pra dar.
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